Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes, Cantares

02-02-2012 00:33

 

Livros Poéticos

E importante saber que, um terço da bíblia foi escrito em forma de poesia, e há somente cinco livros com essa literatura, são eles: Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes e Cantares. No antigo testamento, não há nenhuma poesia em outros livros, desde Gênesis a Ester e de Isaias a Malaquias não encontramos mais textos desta forma.

 

Jó: foi um homem justo que de repente se enredou numa intensa provação de todo gênero de sofrimento. Ele passou por três ciclos de debate com seus amigos, os quais insistiam que sua desgraça era origem de pecado.

Salmos: os cinco livros abarcam (abrangem) os séculos desde Moises até o período pós exilio e cobrem todas as áreas das emoções e experiências humanas. A ampla variedade dos salmos (Lamento, Ação de Graças, Louvor, entronização, Peregrinação etc.) os ajustou ao serviço como hinário do templo para o povo de Israel.

Provérbios: o livro de provérbios foi planejado para capacitar o leitor com sabedoria, discernimento, disciplina e prudência práticos. Essas máximas (ditados, ditos, pensamentos) enfatizam o desenvolvimento da habilidade em todos os detalhes da vida, de modo que a beleza e a justiça substituem a insensatez e o mal conforme alguém vive na dependência de Deus.

Eclesiastes: o pregador de Eclesiastes aplicou sua inteligência e consideráveis recursos há busca do proposito e satisfação na vida debaixo do sol. Ele descobriu que a sabedoria, a riqueza, as obras, o prazer e o poder, todos conduzem a futilidade e a correr atrás do vento.

Cantares: este belo cântico retrata a relação máxima de amor entre Salomão e sua esposa Sulamita. Magnifica as virtudes do amor físico e emocional no matrimonio.

 

A poesia em hebraico.

Os cinco livros poéticos ilustram três tipos de poesias: (1) a poesia lírica – originalmente acompanhada musicalmente ao som da lira, essas poesias às vezes contem fortes elementos emocionais (a maioria dos salmos). (2) a poesia didática – ensina princípios sobre a vida por meio de máxima (Provérbios, Eclesiastes). (3) a poesia dramática – dialogo em forma poética (Jó, Cantares de Salomão).

 

Jó

Autor: Jó, Moises, Eliú, Salomão, Isaias, Ezequias, Baruque, Esdras e Jeremias                                                            Local: terra de Uz.

       Tema: Por que o justo sofre?        Data: Época patriarcal, a lei Mosaica não faz nenhuma referencia.

                       O livro de Jó começa no céu com um dialogo entre Deus e Satanás, e então se transfere para a terra para uma detalhada visão da vida de um antigo patriarca chamado Jó. Em plena noite, a benção de Jó se transforma em tristeza, quando ele sofre a perda de sua saúde, riqueza, família e condição social. Abandono em meio à pergunta: “Por quê?”. Quatro conselheiros humanos se preparam para fornecer a visão introspectiva das desesperadas necessidades de Jó. Finalmente só resta Jeová, que ensina a Jó algumas valiosas lições sobre a soberania de Deus e a necessidade de ter plena confiança no Senhor, o qual esta constantemente em ação por trás das cenas.

Conteúdo.

·         A historia do livro de Jó começa com a representação de Jó como um homem integro e temente a Deus, prospero e feliz. Satanás aparece diante de Deus entre Seus anjos e ele acusa Jó de ser interesseiro e mercenário, pois sendo rico e feliz não poderia servir de exemplo de amor e temor a Deus. Deus permite Satanás tirar-lhes os seus bens materiais e saúde, sem contudo tirar-lhe a vida.

·         Neste momento surgem os três amigos de jó (Elifaz, Zofar e Bildade), os quais possuem a virtude de não abandona-lo na dor, de condoerem-se (compadecer-se) com ele, de chorarem com ele, de uma forma ou de outra tentarem ajuda-lo. Mas esses três amigos foram seus maus conselheiros. Por que eles criam que por serem ricos e saudáveis, eram justos e que da doença e a pobreza eram sinais de impiedade castigada. Deus estaria sempre disposto a abençoar homens com bens materiais, espirituais e de saúde, desde que o homem merecesse, não havendo outra forma de Deus revelar Sua graça. E eles transmitiam isso a Jó, concluindo que estavam em pecado, portanto, merecedor de castigo. Jó reage a esta teologia e o livro é uma resposta certa a terrível “teologia da prosperidade”.

·         Em meio a esse debate surge o jovem Eliú, e é ele quem mais se aproxima da verdade, enaltecendo (exaltando, sublimando) a perfeita justiça de Deus e o caráter educacional do sofrimento na vida do justo. Na conclusão do livro, Jó alcança os propósitos de Deus para sua provação.

 

 

 

Chaves para Jó:

Palavra chave: Soberania

Versículos chave: (13. 15; 37. 23 – 24)

Capitulo chave: (42)

Cristo em Jó: Jó reconhece um redentor (19. 25 – 27) e clama por um mediador (9.33; 25.4; 33.23).  O livro suscita problemas e perguntas que são respondidas perfeitamente em Cristo, o qual se identifica com o nossos sofrimentos (Hb 4. 15). Cristo e a Vida, o Redentor, o Mediador e Advogado do crente.

Aqui abaixo, um quadro mostrando um pouco das personalidades dos companheiros de Jó:

Foco

Elifaz

Bildade

Zofar

Eliú

Características:

Teólogo.

Historiador legalista.

Moralista dogmático.

Jovem teólogo intelectual.

Confia em:

Observação, experiência.

Tradição.

Pressuposição.

Educação.

Personalidade:

Ponderado.

Argumentador.

Rude, áspero.

Perceptivo, com certa agudeza (inteligência, sutileza, esperteza) de espirito.

Voz de:

Filosofia.

Historia.

Ortodoxia.

Logica.

Argumento:

“Se você peca, você sofre”.

“Você deve estar pecando”.

“Você esta pecando”.

“Deus purifica e ensina”.

Advertência a Jó:

Somente os ímpios sofrem.

Os ímpios sempre sofrem.

Os ímpios tem a vida curta.

Humilha-se e submeta-se a Deus.

Versículo chave:

4.8: 5.17

8.8

20.5

37.23

Conceito de Deus:

Justo; castiga o ímpio, abençoa o bom.

Juiz; legislador impassível.

Irredutível, incompassível.

Disciplinador, mestre.

Nome:

“Deus e vitorioso” ou “Deus dispensa (juízo)”.

“filho da contenda”.

“Grosseiro” ou “dedo-duro”.

“Ele e o Meu Deus”.

 

 

 

 

 

 

Quadro de Jó:

Foco.

Dilema.

Debate de Jó.

Livramento de Jó.

1.1            2.13

3.1                                                                                                                  14.22

38.1                                          42.17

Divisões.

Controvérsia entre Deus e Satanás.

Primeiro ciclo de debates.

Segundo ciclo de debates.

Terceiro ciclo de debates.

Defesa final de Jó.

Solução de Eliú.

Controvérsia de Deus com Jó.

1.1                 2.13

3.1           14.22

15.1          21.34

22.1      26.14

27.1           31.40

32.1         37.24

38.1                                  42.17

Tópicos.

Conflito.

Debate.

Arrependimento.

Prosa.

Poesia.

Prosa.

Local.

Céu e terra.

Terra de Uz (norte da Arábia)

Céu e terra.

Tempo.

Período patriarcal, c. 2000 a. C.

 

 

Salmos

Autor: Davi, Coré, Asafe, e Anônimos.                                      Local: foram escritos em vários locais.

       Tema: Hinário de Israel.                                                                Data: a maioria durante o reino unido.

 

O livro dos Salmos (de um termo grego que significa “um cântico entoado como o acompanhamento de um instrumento tangido ou dedilhado”) foi escrito e compilado (codificado ou reunido) num período de talvez um milênio: desde o tempo de Moises (salmo 90) ate o tempo do regresso do cativeiro (salmo 126). O livro era usado como hinário do templo no período do reino, e permanece com mais frequentemente citado e o mais diversificado livro do antigo testamento.

Conteúdo.

·         Os Salmos era o hinário de Israel para muitos rituais e cerimonias. Eram veículos de expressão do povo através de uma gama de experiências que os tomava aptos a apresentar os sentimentos e pedidos ao Senhor em termos significativos e intensos. Foram escritos como reações sinceras diante de Deus, ao experimentarem inúmeras alegrias, tristezas e provações da vida.

·         Os salmos são divididos em cinco livros, cada um dos quais termina com uma doxologia. Nota inicial de cada salmo contem um resumo de seu conteúdo:

·         1º livro – capítulos 1 a 41                      2° livro – capítulos 42 a 72               3º livro – capítulos 73 a 89

              4º livro – capítulos 90 a 106                   5º livro – capítulos 107 a 150

·         As categorias dos salmos mais geralmente conhecidas são:

·         Salmos de instrução (1)               salmos de louvor e adoração (8)             salmos acróscticos (119)    salmos de ação de graças (18)      salmos devocionais (3)                 salmos messiânicos (22)         salmos imprecatórios (52)               salmos de romagem (120)

·         Obs.: os salmos de romagem são os salmos que foram entoador quando o povo de Israel saiu da Babilônia para Jerusalém.

Chaves para Salmos:

Palavra chave: adoração

Versículos chave: (19. 14; 145. 21)

Capitulo chave: (100)

Cristo em salmos: muitos dos salmos anteciparam especificamente a vida e o ministério de Jesus Cristo, aquele que veio séculos depois como o Messias prometido de Israel (“O Ungido”). Os Salmos, como os quatro evangelhos, fornecem diversas perspectivas da pessoa e da obra de Cristo:

ü  Jesus Cristo, o Rei (retratado em Mateus).

SL 2: Cristo e rejeitado pelas nações como rei.

Sl 18: Cristo e protetor libertador.

Sl 20: Cristo provê salvação.

Sl 21: a Cristo e dado a gloria por Deus.

Sl 24: Cristo e Rei da gloria.

Sl 47: Cristo governa em seu reino.

Sl 110: Cristo e Rei – Sacerdote.

Sl 132: Cristo e entronizado.

ü  Jesus Cristo, o servo (retratado em Marcos).

SL 17: Cristo e intercessor.

Sl 22: Cristo e o Salvador que morreu.

Sl 23: Cristo e Pastor.

Sl 40: Cristo e obediente ate a morte.

Sl 41: Cristo e traído por um amigo intimo.

Sl 69: Cristo e odiado sem causa.

Sl 109: Cristo ama os que o rejeitam.

ü  Jesus Cristo, o filho do homem (retratado em Lucas).

Sl 8: Cristo e feito um pouco menor que os anjos.

Sl 16: a ressurreição de Cristo e prometida.

Sl 40: a ressurreição de Cristo e concretizada.

ü  Jesus Cristo, o Filho de Deus (retratado em João).

Sl 19:Cristo e Criador.

Sl 102: Cristo e eteno.

Sl 118: Cristo e pedra angular.

 

Há cinco tipos diferentes de salmo messiânico:

1º tipicamente messiânico. O sujeito de salmo é, em algum aspecto, um tipo de Cristo (Sl 34. 20; 69. 4, 9)

2º tipicamente profético. O salmista usa a linguagem para descrever sua presente experiência que aponta para além da sua própria vida e só se torna historicamente verdadeira em Cristo (Sl 22).

3º indiretamente messiânico. Ao tempo da composição, o salmo se referia a um rei ou casa de Davi em geral, mas que aguarda o comprimento final em Cristo (Sl 2, 45, 72).

4º puramente profético. Refere-se somente a Cristo, sem referencia a nenhum outro filho de Davi (Sl 110).

5º de entronização. Antecipa a vinda de Yahweh e a consumação de Seu reino – cumprir-se-á na pessoa de Cristo (Sl 96 – 99).

 

                  Aqui estão algumas profecias messiânicas especificas no livro dos Salmos:

 

Salmo.

Profecia.

Cumprimento.

2.7

Deus declarara ser ele seu filho.

Mateus 3. 17

8.6

Todas as coisas serão postas debaixo de seus pés.

Hebreus 2.8

16.10

Ressuscitara dos mortos.

Marcos 16. 6 – 7

22.1

Deus o abandonara em suas horas de necessidade.

Mateus 27. 46

22.7 – 8

Será encarnado e desprezado.

Lucas 23. 35

22.16

Suas mãos e seus pés serão traspassados.

João 20. 25,27

22.18

Outros sortearão suas roupas.

Mateus 27. 35 – 36

34.20

Nenhum de seus ossos será quebrado.

João 19. 32 – 33, 36

35.11

Será acusado por falsas testemunhas.

Marcos 14.57

35.19

Será odiado sem causa.

João 15. 25

40.7 – 8

Vira pra fazer a vontade de  Deus.

Hebreus 10. 7

41.9

Será traído por um amigo.

Lucas 22. 47

45.6

Seu trono será eterno.

Hebreus 1.8

68.18

Assentara a mão direita de Deus.

Marcos 16. 19

69.9

O zelo pela casa de Deus o consumira.

João 2. 17

69.21

Ser-lhe-ão dados a beber vinagre e fel.

Mateus 27. 24

109.4

Orara por seus inimigos.

Lucas 23.34

109.8

A missão do traidor será realizada por outro.

Atos 1.20

110.1

Seus inimigos se sujeitarão a ele.

Mateus 22. 44

110.4

Será sacerdote segundo Melquisedeque.

Hebreus 5.6

118.22

Será a pedra angular.

Mateus 21. 42

118.26

Vira em nome do Senhor.

Mateus 21.19

 

 

 

 

Quadro de Salmos:

Livro.

Livro 1

(1 – 41)

Livro 2

(42 – 72)

Livro 3

(73 – 89)

Livro 4

(90 – 106)

Livro 5

(107 – 150)

Autor principal

Davi.

Davi / Coré.

Asafe.

Anônimos.

Davi / anônimos.

Números de Salmos.

41

31

17

17

44

Conteúdo básico.

Cânticos de adoração

Hinos de interesse nacional.

Hinos de louvor.

Semelhança temática com o Pentateuco.

Gênesis: homem e criação

Êxodo: livramento e redenção.

Levítico: culto e santuário.

Números: deserto e peregrinação

Deuteronômio: escritura e louvor.

Doxologia final.

41.13

72.18 - 29

89.52

106.48

450.1 – 6

Possível compilador

Davi.

Ezequias ou Josias.

Esdras ou Neemias.

Possíveis datas de compilação.

c. 1020 – 970 a.C.

c. 970 – 610 a.C.

Ate c. 430 a.C.

Extensão da autoria.

c. 1000 anos (1410 – 430 a.C).

               

 

 

Provérbios

Autor: Rei Salomão, rei Agur (30), rei Lemuel (31).

       Tema: Sabedoria.                                                                  Data: entre os anos 900 – 700 a.C.

É provável que provérbios seja o livro mais pratico do Antigo testamento, uma vez que ele ensina sabedoria (literalmente, “habilidade de viver”) nos múltiplos aspectos da vida diária. Em expressões, máximas e historia breves, porém, incisivas (decisivas), Salomão e outros contribuintes formularam cerca de 900 provérbios – preceitos inspirados que tratam de sabedoria e estultícia, orgulho e humildade, justiça e vingança, indolência e trabalho, pobreza em riqueza, amigos e vizinhos, amor e lascívia, ira e contenda, patrões e empregados, vida e morte. Estas máximas não são teóricas, e, sim, praticas; podem ser memorizadas com facilidade, verdades perenes que atingem cada faceta das relações humanas. Ler um proverbio não leva mais que uns poucos segundos; aplicar um proverbio leva toda uma vida.

Conteúdo.

·         O tema central de provérbios é a sabedoria de forma pratica, não apenas para viver uma “boa vida”, mas para viver no temor do Senhor. Todos os provérbios apresentados nesse livro objetivam gerar homens saudáveis e redimidos, bem sucedidos na vida, segundo o projeto de Deus para, nos.

·         Princípios de vida são divinamente inspirados e apresentados sob a forma de ditados, que por contraste ou comparação relatam as experiências características e o caminhar do sábio e do tolo, do justo e o preguiçoso, do bom e do mau, do insensato e da mulher virtuosa, etc...

·         Ensinos específicos incluem instruções sobre a insensatez, o pecado, a bondade, a riqueza e outras. Quase todas as facetas dos relacionamentos humanos são mencionadas nesse livro, o mais pratico do antigo testamento.

Chaves para provérbios:

Palavra chave: sabedoria.

Versículo chave: (1.5 – 7; 3.5 – 6)

Capitulo chave: (31)

Cristo em provérbios: no capitulo 8, a sabedoria e personificada e visualizada em sua perfeição. Ela e divina (8. 22 – 31); e a fonte da vida biológica e espiritual (3. 18; 8. 35 – 36); e justa e moral (8. 8 – 9); e esta disponível a todos quantos a quiserem receber (8. 1 – 6, 32 – 35). Essa sabedoria se encarnou em Cristo, “em quem estão ocultos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento” (Cl 2. 3). “mas vós sois dele, em Cristo Jesus, o qual para nós foi feito por Deus sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção” (1 Co 1. 30; cf. 1 Co 1. 22 – 24).

 

Quadro de Provérbios:

 

Foco.

Proposito de provérbios.

Provérbios para a juventude.

Provérbios de Salomão.

Provérbios de Salomão (Ezequias).

Palavras de Agur.

Palavras de Lemuel.

1.1                   1.7

1.8                  9.18

10.1                   24.34

25.1                  29.27

30.1        30.33

31.1                                31.31

Divisões.

Proposito e tema.

Exortações aos pais.

Primeira coletânea de Salomão.

Segunda coletânea de Salomão.

Provérbios numéricos.

Sabedoria para lideres.

Esposa virtuosa.

1.1                   1.7

1.8                  9.18

10.1                   24.34

25.1                  29.27

30.1        30.33

31.1  31.9

31.10          31.31

Tópicos.

Prologo.

Princípios da sabedoria.

Epilogo.

Enaltecimento da sabedoria.

Conselho da sabedoria.

Comparações da sabedoria.

local

Judá.

tempo

c. 950 – 700 a.C.

 

Eclesiastes

Autor: Rei Salomão.

       Tema: qual o significado da vida?                                                                  Data: 935 a.C.

Eclesiastes e um livro profundo que registra a intensa busca do pregador (tradicionalmente subentendido como Salomão) pelo sentido e a satisfação da vida – a despeito das injustiças, inconsistências e aparentes absurdos da vida terrena.

A palavra em Eclesiastes e VAIDADE, a vã futilidade de tentar dar sentido para a vida da parte de Deus. Olhar para as coisas “debaixo do sol” (8. 17), perseguir a vida, isso só leva a frustração. Poder, prestigio, prazer – nada pode preencher a lacuna da imagem divina na vida do homem – exceto Deus mesmo. Vista, porem, do prisma divino, a vida se torna cheia de sentido e cumpre um proposito. O ceticismo (descrença) e o desespero se dissipam quando cada dia e visualizado como um dom proveniente de Deus.

 

Conteúdo.

 

·         No decorrer de todo este livro o autor esta mais interessado pelo significado da vida do que pelo seus problemas. Como um filosofo, ele se põe de lado para indagar “o por que” da vida. Eclesiastes e o primeiro livro da bíblia a fazer uma pausa e refletir filosoficamente no significada da própria vida a luz das aparentes futilidades defrontadas por todos.

·         O autor defende a mensagem do livro em três proposições:

1)      Quando se olha a vida pode-se concluir que tudo e fútil, já que e impossível discernir qualquer proposito na ordem dos acontecimentos.

2)      Apesar disto, a vida deve ser desfrutada ao máximo, com a compreensão de que e um dom de Deus.

3)      O homem sábio vivera em obediência a Deus, reconhecendo que Ele julgara todos os homens.

 

Chaves para Eclesiastes:

Palavra chave: Vaidade.

Versículo chave: (2.24; 12.13 – 14)

Capitulo chave: (12)

Cristo em Eclesiastes: Eclesiastes convincentemente descreve a vaidade e perplexidade da vida fora da relação com o Senhor. Cada pessoa tem eternidade em seu coração (3. 11), e somente Cristo pode prover satisfação, a alegria e a sabedoria ultimas. O mais elevado bem do homem se encontra no “único Pastor” (12. 11) que oferece vida abundante (ver Jo 10.9 – 10).

TEXTO

A VIDA DEBAIXO DO SOL

A VIDA DEBAIXO DO CRISTO

TEXTO

1.3

Qual a vantagem de trabalhar debaixo do sol?

Tendo certo isto mesmo, que aquele que em vos começou a boa obra a aperfeiçoara ate o dia de Cristo Jesus.

Fp 1.6

1.9

Não há nada novo debaixo do sol.

Pelo que, se alguém está em Cristo, nova criatura e... eis que tudo se fez novo

2 Co 5.17

1.14

Todos os feitos são vaidade debaixo do sol.

Sede firmes e constantes, sabendo que o vosso trabalho não e vão do Senhor

1 Co 15.58

2.18

O fruto do labor (trabalho) e odioso debaixo do sol.

Frutificando em toda boa obra, e crescendo no conhecimento de Deus

Cl 1.10

6.12

O homem e mortal debaixo do sol.

Para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna

Jo 3.16

8.15

O prazer e temporário debaixo do sol.

Porque Deus e o que opera em vos tanto o querer quanto o efetuar, segundo sua boa vontade

Fp 2.13

8.17

O homem não pode descobrir a obra de Deus debaixo do sol.

Agora conheça em parte, mas não conhecerei plenamente, como também sou plenamente conhecido

1 Co 13.12

9.3

Todos os homens morrem debaixo do sol.

E o testemunho e este: que Deus nos deu a vida eterna; e esta vida esta em seu Filho

1 Jo 5.11

9.11

A força e a sensibilidade debaixo do sol.

Deus escolheu as coisas fracas do mundo para confundir as fortes

1 Co 1.27

12.2

A vida debaixo do sol cessara.

Para que saibais que tendes a vida eterna

1 Jo 5.13

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Quadro de Eclesiastes:

Foco.

Teste: “tudo e vaidade”

Prova: “a vida e vã”

Conselho: “teme a Deus”

1.1                                            1.11

1.12                                                                         6.12

7.1                                                                                  12.14

Divisões.

Introdução da vaidade.

Ilustração da vaidade.

Prova da escritura.

Prova das observações.

Competindo em um mundo mal.

Conselho para a incerteza.

Conclusão: temor e obediência a Deus.

1.1               1.3

1.4              1.11

1.12                   2.26

3.1                                     6.12

7.1                  9.18

10.1                 12.8

12.9            12.14

Tópicos.

Declaração da vaidade.

Demonstração da vaidade.

Libertação da vaidade.

Tema.

Sermões.

Sumario.

Local.

Universo (“debaixo do sol”)

Tempo.

c. 935 a.C.

 

 

 

 

Cantares

Autor: Rei Salomão.                                                                                Local: Israel (reino unido).

       Tema: Amor no casamento                                                                                                 Data: 965 a.C.

 

Cantares de Salomão e um cântico de amor escrito por Salomão (1.1) e rico em metáforas e imagens orientais. Historicamente, ele retrata o cortejo e as núpcias de uma pastora com o rei Salomão, bem como as alegrias e preocupações do amor devotado.

Alegoricamente, o livro descreve Israel como a noiva esposada por Deus (ver Os 2.19 – 20), e a igreja como noiva de Cristo. Como a vida humana encontra sua mais elevada realização no amor de um homem e de uma mulher, assim a vida espiritual encontra sua mais elevada realização no amor de Deus por seu povo e de Cristo por sua igreja.

O livro se acha disposto como cenas de um drama com três narradores principais: a noiva (Sulamita), o rei (Salomão) e um coro (folhas de Jerusalém).

Conteúdo.

·         Na historia do poema de uma camponesa na cidade de Suném, na encosta do Monte Hermom, apascentava cordeiros e lavrava a vinha da família, que na verdade pertencia a Salomão.

·         Um dia, enquanto cuidava do rebanho, encontrou-se um formoso estranho (era Salomão disfarçado de pastor) ao qual se afeiçoou. Eles convivem durante um tempo, prometem-se em casamento ate que um dia esse estranho parte, prometendo voltar.

·         Ela esperou muito tempo, crendo na promessa e sonhando com este dia. Certo dia ele volta, e vem com grande séquito (acompanhamento, corte) proclamando a sua esposa, levando-a então, para o seu palácio.

·         É aí, no palácio, que o poema é cantado, fazendo-se recordações do passado.

Chaves para Cantares de Salomão:

Palavra chave: Amor

Versículos chave: (7. 10; 8. 7)

Capitulo chave: (visto que todo o livro forma uma unidade, então não há um capitulo que ressalta, todos são um conjunto maravilhoso de poemas, uma historia de romance entre um casal).

Cristo em Cantares de Salomão: no antigo testamento, Israel é considerado a noiva de Yahweh (ver Is 54. 5 – 6; Jr 2.2; Ez 16. 8 – 14; Os 2. 16 – 20). Novo testamento, a igreja é vista como noiva de Cristo (ver 2Co 11. 2; Ef 5. 23 – 25; Ap 19. 7 – 9; 21. 9). Cantares de Salomão ilustra o primeiro caso e antecipa o segundo.

Vida animal em Cantares:

Na antiga cultura do Oriento Próximo, os animais eram essenciais para a subsistência. Cânticos dos cânticos  utiliza-se em imagens poéticas para ressaltar as características doa amantes.

Animal.

Descrição.

Rebanho.

Esta palavra e usada repetidamente, porque a economia da nação era agrícola e englobava rebanhos e manadas. Formas de pastoreio entrelaçam as expressões de amor. A Sulamita procurava o amado ao “meio dia”, porque ele estaria descansando com o rebanho no calor do dia (Ct 1. 7). Ele a aconselhou a seguir as pisadas do rebanho (Ct 1. 8).

Cabritos.

Provavelmente, a íbis núbia, de pelagem negra lisa, ainda seja encontrada na região (Ct 1.8; 4.1; 6.5).

Ovelhas.

A brancura da lã recentemente lavada serve como descrição dos dentes dela (Ct 4.2; 6.6), perfeitamente aparelhados e combinados.(“Gêmeos”).

Pomba.

Esta ave personificava a inocência e pureza e descrevia a jovem donzela em modo carinhoso (Ct 1.15). ela imaginava o rei incitando-a a vir e faz ilusão a natureza tímida das pombas, que pousavam nas fendas dos altos penhascos (Ct 2.14).

Rola.

Trata-se de um pombo selvagem, que passa pela palestina anunciando a primavera (Ct 2.12).

Corvo.

As penas lustrosas e macias desta ave negra são usadas para ilustrar a cabeleira real (Ct 5. 11).

Cervos, gazelas, gamos.

Esses nomes de cervos era comumente encontrados na poesia deste período. As gazelas eram graciosas e, portanto, símbolo de beleza feminina. Três vezes a estrofe termina com um juramento para enfatizar a seriedade no casamento (Ct 2.7; 3.5; 8.4). cada um dos amantes usou essa analogia (semelhança, relação, afinidade) em relação ao outro. Ela a via como um gamo ligeiro (Ct 2. 9, 17). Os seios dela evocavam  jovens gazelas apascentando (Ct 4. 5; 7. 3).

Égua.

Comparar a Sulamita com a égua do rei era um grande elogio, porque Salomão levou para a nação as , melhores raças de cavalos do Egito, fortes e bem tratados (Ct 1.9)

Raposas.

São provavelmente, os chacais, existentes em grande numero, caninos astutos e ligeiros. Denotavam a preocupação de que alguém pudesse frustrar as expressões de amor do casal (Ct 2.15).

Leão, leopardo.

Simbolicamente, o leão era visto como uma ameaça, espreitando a presa; o leopardo (pantera) é bastante inteligente e traiçoeiro. Ambos viviam nas regiões montanhosas (Ct 4.8).

Quadro de Eclesiastes:

Foco.

Principio do amor.

Amplitude do amor.

1.1                                                                 5.1

5.2                                                                                                8.14

Divisões.

Fracassando no amor.

Unidos no amor.

Lutando pelo amor.

Crescendo no amor.

1.1                 3.5

3.6                                 5.1

5.2                                   7.10

7.11                                          8.14

Tópicos.

Namoro.

Núpcias.

Problema.

Progresso.

Nutrição do amor.

Concretização do amor.

Frustração do amor.

Fidelidade do amor.

Local.

Israel.

Tempo.

c. 1 ano